Os estudantes indígenas aprovados para ingressar na Universidade Federal do Paraná pelo XVII Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná terão os dias 1 e 2 de fevereiro para fazer o Registro Acadêmico. A universidade preparou uma programação para receber esses novos estudantes.
O acolhimento terá início às 9 horas do dia 1º, quando os calouros receberão orientações para a escolha de seus cursos. Mais tarde, às 15h45, eles devem realizar o Registro Acadêmico. No dia seguinte, a partir das 9h, os estudantes serão apresentados às atividades do Núcleo Universitário de Educação Indígena (NUEI), onde receberão informações sobre programas e projetos acadêmicos, incluindo os programas de assistência estudantil.
A relação dos documentos necessários para o Registro Acadêmico pode ser consultada em edital disponível no site do Núcleo de Concursos da UFPR. O evento acontece na Sala da Memória, localizada no Setor de Ciências Jurídicas do Prédio Histórico da UFPR, Praça Santos Andrade.


Vestibular dos Povos Indígenas
O XVII Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná foi realizado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) nos dias 1 e 2 de outubro de 2017. Os candidatos fizeram as provas de Língua Portuguesa (oral, redação e interpretação de textos), Língua Estrangeira Moderna ou Língua Indígena, Biologia, Física, Geografia, História, Matemática e Química.
A cada ano, o Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná é sediado por uma das universidades integrantes da Comissão Universidade para os Índios (Cuia), da qual fazem parte: Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO), Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).
As universidades estaduais destinam seis vagas para indígenas do Paraná e a UFPR, dez vagas para indígenas de todo território brasileiro. Todas as vagas são suplementares, ou seja, não são retiradas daquelas regulares oferecidas nos cursos.
Estudantes indígenas na UFPR
Em 2017, a instituição registrava um grupo de 40 indígenas com matrículas ativas. Anteriormente, outros 21 já se formaram pela universidade. São pessoas de diferentes regiões do País e pertencentes a várias etnias, principalmente à Kaingang. Seu ingresso na universidade decorre das ações afirmativas, que visam a democratizar o acesso ao ensino superior público para populações em situação de desvantagem social, como os próprios indígenas e também afrodescendentes e alunos oriundos de escolas públicas.